Imagem mostrando pedras empilhadas em equilíbrio, como se fossem etapas sucessivas que devem ser cumpridas para o sucesso da cirurgia plástica.

Vamos começar pelo começo

A cirurgia plástica para muitas pessoas representa um grande sonho, por vezes encarado como um meio de superar desafios psicológicos e sociais sérios. Darei exemplos disso. Porém, já adianto que durante este texto, irei falar coisas que talvez você não gostaria de escutar… Mas leia, vai valer a pena!

Exemplos fictícios:
Uma cirurgia de otoplastia (cirurgia de correção de orelha em abano) pode representar o fim do bullying dos colegas de sala de aula do Mateus de 8 anos, que está com notas baixas, acanhado e por isso sem amigos na escola.

Uma cirurgia de elevação das mamas e abdominoplastia pode representar uma virada de chave na sua fase de vida, já que Andrea foi mãe de duas filhas lindas e nos últimos 8 anos, abdicou de tantas coisas pessoais a fim de cuidar das filhas, do trabalho, da casa. Quando olhou-se no espelho, já não se reconhecia e viu isso repercutir no seu casamento e em suas vontades. Tem vergonha de despir-se junto ao marido, tem vergonha das amigas quando viajam para a praia.

Cito estas duas histórias fictícias, mas que podem representar eu, você, sua amiga, seu filho. Representam todos nós. Nós somos seres visuais e buscamos beleza sempre: na natureza, em nossas casas, nos nossos parceiros e em nós mesmos.

Dessa maneira, cuidar de nossa aparência, do corpo, é um pilar importantíssimo para o nosso bem-estar, que é físico, mental, espiritual e social. Quando estamos confiantes e satisfeitos com quem somos e como nos aparentamos diante do olhar próprio e do outro percebemos que atingimos alguns desses pilares do bem-estar, que na minha percepção é o físico e social e que tem reflexos íntimos com os outros dois (mental e espiritual).

Neste blog, irei falar muito sobre coisas além do físico, do estar, do aparentar. Buscarei sempre atrelá-los ao mental, ao espiritual, ao ser. Afinal, aqui falamos de bem-estar. E bem-estar é um meio e não um fim. É uma luta, um processo, uma busca constante.

Adentro então , ao clímax, a parte polêmica. Se você acredita que a cirurgia plástica vai resolver todos os seus problemas de auto-aceitação, de aceitação do outro, de insegurança consigo mesma (psicológica e corporal), que vai salvar seu relacionamento. Desculpe lhe informar, não vai. Digo novamente. Aqui vamos de meio e não fim.

Como disse anteriormente, o físico é um dos pilares, precisamos de vários outros para nos sentimos completos e isso é um trabalho contínuo. Precisamos trabalhar dentro de nós a aceitação, o amor próprio, a compaixão consigo mesma. Isso virá de dentro de você e não com o bisturi elétrico da cirurgia. Uma cirurgia bem feita naquele que não trabalha esses sentimentos e atitudes dentro de si, não trará o verdadeiro propósito: seu bem-estar. E consequentemente não trará a satisfação com a cirurgia, mesmo ela representando o melhor resultado possível para seu caso.

Por fim, retorno aos dois casos fictícios que citei lá no início. O Mateus será operado. A otoplastia será um sucesso, mas os pais terão de ficar atentos a como ele ficará de agora adiante. Ele superará o bullying? Fará novos amigos? Suas notas irão melhorar? Talvez seja necessário muita conversa, amor e terapia.

A Andrea após a cirurgia, vai se sentir mais segura e confiante com as amigas? Vai se sentir mais segura e confiante com o marido? Muitas vezes sim! Mas isso depende de atitudes, de boa convivência, de relações saldáveis, de saúde mental e (por que não?) espiritual, de amor próprio, que deve existir muito antes da cirurgia.

Se este texto fez sentido para você e lhe ajudou de alguma forma, diga para mim nos comentários, quero saber de você!

Com carinho, Dra Izadora Reis.


Dr. Lucas Cunha – Cirurgião Plástico em Uberaba e Catalão
CRM 31.929 – RQE 17.398

Dra. Izadora Reis – Cirurgiã Plástica em Uberaba e Catalão
CRM 31.926 – RQE 17.365

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